segunda-feira, 24 de outubro de 2011
... cansada...
Sinto como se tivesse desperdiçado todo o meu amor contigo. Toda a minha sinceridade e lealdade foram desperdiçadas em ti. Tu não mereceste. "Nunca" mereceste. Hoje eu sei. Não foste digno de tudo que te dei, de tudo o que te ofereci. Amei-te demais e tu não valorizaste o que eu sentia por ti. Desvalorizaste tudo o que eu era, fazia ou dizia. Tu "nunca" me amaste. Tu não sabes amar. Pensei que sim, acreditei que sim, mas foi tudo uma ilusão. Acredito que tenhas tentado, mas quem nunca foi amado é incapaz de amar. Talvez esteja a ser injusta contigo, talvez, mas penso que não. Trataste-me como uma "deusa" no princípio mas aos poucos fui descendo, puseste-me muito lá no cimo... Eu sabia que não era o que imaginavas, mostrei-te quem eu era, mas tu não querias ver, querias moldar-me ao teu gosto e bel-prazer e eu não deixei. Foi quando "caí" e deixei de ser uma deusa para ti. Passei a ser apenas "aquilo que apareceu", uma "mete-nojo" e mais tarde, uma "mulher de merda". Palavras tuas, não minhas. Sabes o quanto isso me magoou? E dizes tu que fui eu quem nunca te deu valor? Olha bem para trás, para o que me disseste e fizeste. Olha bem para o que eu deixei para vir para junto de ti. Olha o que eu já perdi por ter ficado tanto tempo contigo. A vida não é justa e o amor muito menos. Sabes qual era aquela tua riqueza que irias conquistar no ano de 2007? Era eu Carlos, era o meu amor por ti. Eu enriqueci a tua vida de várias formas e tu sabes disso. Mas como alguém ambicioso e ganancioso esgotaste toda essa riqueza em pouquissimo tempo. Hoje podes dizer-me todas as barbaridades que te venham à cabeça para me magoares e tentar reduzir a tua culpa diante mim, mas tu sabes que eu fui algo muito importante na tua vida até à 2 anos atrás. Preenchi os espaços vazios que existiam na tua vida e dei-te muito amor. Dei-te tanto de mim e pouco recebi. Nunca foste amado assim antes, não sei se voltarás a sê-lo. Uma vida a dois nunca é fácil, nós tentámos (ou tentei mais eu do que tu) e falhámos. Mais uma vez falhámos. Contigo deixei de ter medo de amar. Ao fim de 4 anos sozinha, entreguei-me de novo ao amor. E foi tão bom! Mas agora sei que terei mais medo ainda, porque mais uma vez me magoei e não existe nada no mundo que consiga "curar" esta dor. E não percebo porque insistes em me magoar mais e mais, já não foi o suficiente para ti? Já não te "divertiste" que chegue a ver-me chorar e sofrer? Porque tens de tornar tudo uma guerra se ambos perdemos? Eu não tenho mais forças para lutar. E não queria chorar mais, mas isto é tudo o que me resta, as minhas lágrimas. E não é por me maltratares que eu vou deixar de te amar, não é. Portanto, se é isso que tentas fazer, pára. Só me magoas mais. Deixa-me estar que isto há-de passar um dia, com o tempo, com o adeus que diremos um dia. E nunca teríamos chegado a este ponto se tivesses aceite mais cedo o final da nossa relação ou se eu depois não tivesse hesitado tantas vezes. Mas eu amava-te, tanto e ainda amo e sei que um dia vou deixar de te amar mas até lá peço-te que não me magoes mais porque eu não mereço Carlos. Eu não mereço. Como tu próprio me disseste "não deu certo, vive a tua vida" e é o que eu tenho tentado fazer, por isso não percebo as tuas reacções. Tu culpas-me por tudo o que aconteceu, porque não queres assumir a tua própria culpa. Se assim ficas melhor contigo, ok. Mas não me o digas e não me rebaixes mais, só para te sentires melhor contigo mesmo, porque o resultado será o inverso. Ambos sabemos onde errámos e para mim o pior erro foi termo-nos deixado levar pela onda de paixao, agirmos como dois adolescentes apaixonados e termos começado uma vida de casal sem nos conhecermos melhor Grande erro, pelo qual estamos a pagar agora. Pior para mim que deixei tudo e todos em Portugal para vir para junto de ti, "invadir" a tua vida, sendo mais tarde acusada de teres mudado, renunciado a tanto, quando fui convidada por ti a fazer parte dela. Achaste que nada ia mudar? Que eu ia ser apenas um adereço, um apêndice? Mas foi assim que me trataste nos últimos 2 anos. Um "bibelot" na prateleira ou talvez um "souvenir"... Se tivéssemos terminado na altura certa (e a altura certa foi quando finalmente me confessaste a tua atracção pela Tânia), hoje podíamos talvez ser "amigos", mas assim como me tratas, deixas bem claro que nem isso queres de mim. Por isso deviamos ter acabado naquela altura (dia 3 de Junho de 2010). Agora parece já impossível qualquer relacionamento entre nós. Eu nunca te quis mal. Eu quis estar contigo, cuidar de ti, acarinhar-te e amar-te da mesma forma que queria ser acarinhada e amada por ti. Mas isso não aconteceu. A dada altura, a única coisa que me deste em troca foi a distância, a ausência. Não foste justo para mim, nem sequer quando pedi tréguas. Quando resolvi ficar e lutar por ti, "competir" com a Tânia, não deste valor algum a isso. Só a valorizaste a ela. Agiste como se eu estivesse a lutar contra ti... Talvez eu não tenha sabido travar essa luta, mas foi a minha primeira, como havia eu de saber o que fazer? E na verdade quem deveria ter lutado eras tu. Deverias ter lutado contra o que sentias por ela e lutado por mim. Mas tu já não me amavas e eu não percebi. Talvez nem tu o tenhas percebido. E agora continuo eu aqui a sofrer, a chorar por algo que nunca deveria ter acontecido. Nunca deveria ter lutado. As feridas são imensas e as cicatrizes profundas. Talvez tenhas merecido o meu amor à muito muito tempo, mas não agora, nem à 1 ou 2 anos atrás.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
:(
Ao ler estes meus "monólogos" de amor, apercebo-me do quanto me culpo pelo fim desta relação. Mas a verdade é que eu não sou a única responsável pelo desfecho deste amor. Não sou. Culpo-me por várias situações mas não sou culpada por muitas delas terem acontecido.
Email de 12 de Novembro de 2007
Juro que nao compreendo o que eu e a Càtia fazemos de tao errado que te incomode tanto. Que te faça sentir um intruso, um inutil ou obrigado a algo que nao devias. Pura e simplesmente nao compreendo. Nao vejo onde està esse gigantesco problema que cada vez nos afasta mais, que cada vez abre um abismo maior entre nòs. Sinto-me como se tivesse à beira de um precipicio, quase cair, e apesar de sentir medo, a vontade é mesmo de saltar. Estou tao cansada. Nao percebo. Se isto era uma 2a oportunidade de ser feliz com alguém, nao me estou a safar. Parece que a historia se repete, apesar de forma diferente. Os erros parecem os mesmos, o defeito serà meu. Talvez eu seja mesmo incapaz de viver com um homem. Nao aceito imposiçoes, exigencias, autoridade. Revolto-me, repudio-te. Parecia que encaixàvamos tao bem, mas agora, sò vejo divergencias e incompatibilidades. Jà nao encaixamos, ou entao terà sido tudo uma ilusao. Eu nao sou a mulher dos teus sonhos, nem là perto, nem por sombras. Quem tu amas nao sou eu mas a mulher que imaginaste que eu era, ou a mulher que tu desejas que eu seja. Nao eu, nao quem eu sou. E assim, até compreendo porque serà tao dificil para ti esta adaptaçao a mim e à minha filha. Apesar de teres querido esta mudança na tua vida nao consegues deixar de pensar que estàs a ser obrigado a aceitar o que nao queres, o que nao gostas. Foi uma auto-imposiçao tua, mas o arrependimento surge e a desilusao também. Se houvesse uma forma simples de resolvermos isto, sem nenhum de nòs deixar de ser quem e como é. Mas nao hà como e nenhum dos dois é feliz. Que vamos fazer? Tenho saudades de nòs. De como estàvamos apaixonados, das horas que passàvamos na conversa, sem discutir, concordando em tudo. Serà que andàvamos a mentir um ao outro ou até a nòs pròprios? Nao percebo para onde foi isso tudo. Nao percebo porque nos perdemos um do outro. Os nossos caminhos estao-se a separar Carlos. Mais uma vez sinto-me impotente, fraca, incapaz. Imagino que também sintas o mesmo. Sinceramente, se a situaçao fosse diferente, eu muito provavelmente jà teria terminado, apesar de te amar. Mas como eu fiz tudo, mudei tanta coisa para estar contigo nao posso aceitar que termine assim. Quero tentar uma e mais uma vez porque tem de valer a pena. E se nao valer acabaremos por descobrir. Tu nao és obrigado a ficar comigo e com a minha filha sò por te sentires responsàvel pelas mudanças que fiz na minha vida este ano. Nao és obrigado. E no fundo, nada nos obriga a ficar juntos. Nao temos filhos em comum, nada que realmente nos prenda um ao outro. No fundo seria tao fàcil. Porque na realidade sò gostamos um do outro e isso normalmente nao é o suficiente para manter uma relaçao. È preciso muito mais, e nòs jà nao temos esse muito mais. Ou nunca tivémos. Queria continuar a tentar mas neste momento nao me sinto com forças para lutar. Sinto que estamos ambos esgotados. Nao sei o que mais se irà passar, o que o futuro nos reserva. Mas neste momento nao o vejo muito risonho. Espero que compreendas que eu precisava de desabafar e que nao leves a mal algo que eu tenha dito aqui. Sinceramente, jà nem sei se estou a ser realista ou pessimista. Isto é apenas o que sinto.
Email de 12 de Novembro de 2007
Juro que nao compreendo o que eu e a Càtia fazemos de tao errado que te incomode tanto. Que te faça sentir um intruso, um inutil ou obrigado a algo que nao devias. Pura e simplesmente nao compreendo. Nao vejo onde està esse gigantesco problema que cada vez nos afasta mais, que cada vez abre um abismo maior entre nòs. Sinto-me como se tivesse à beira de um precipicio, quase cair, e apesar de sentir medo, a vontade é mesmo de saltar. Estou tao cansada. Nao percebo. Se isto era uma 2a oportunidade de ser feliz com alguém, nao me estou a safar. Parece que a historia se repete, apesar de forma diferente. Os erros parecem os mesmos, o defeito serà meu. Talvez eu seja mesmo incapaz de viver com um homem. Nao aceito imposiçoes, exigencias, autoridade. Revolto-me, repudio-te. Parecia que encaixàvamos tao bem, mas agora, sò vejo divergencias e incompatibilidades. Jà nao encaixamos, ou entao terà sido tudo uma ilusao. Eu nao sou a mulher dos teus sonhos, nem là perto, nem por sombras. Quem tu amas nao sou eu mas a mulher que imaginaste que eu era, ou a mulher que tu desejas que eu seja. Nao eu, nao quem eu sou. E assim, até compreendo porque serà tao dificil para ti esta adaptaçao a mim e à minha filha. Apesar de teres querido esta mudança na tua vida nao consegues deixar de pensar que estàs a ser obrigado a aceitar o que nao queres, o que nao gostas. Foi uma auto-imposiçao tua, mas o arrependimento surge e a desilusao também. Se houvesse uma forma simples de resolvermos isto, sem nenhum de nòs deixar de ser quem e como é. Mas nao hà como e nenhum dos dois é feliz. Que vamos fazer? Tenho saudades de nòs. De como estàvamos apaixonados, das horas que passàvamos na conversa, sem discutir, concordando em tudo. Serà que andàvamos a mentir um ao outro ou até a nòs pròprios? Nao percebo para onde foi isso tudo. Nao percebo porque nos perdemos um do outro. Os nossos caminhos estao-se a separar Carlos. Mais uma vez sinto-me impotente, fraca, incapaz. Imagino que também sintas o mesmo. Sinceramente, se a situaçao fosse diferente, eu muito provavelmente jà teria terminado, apesar de te amar. Mas como eu fiz tudo, mudei tanta coisa para estar contigo nao posso aceitar que termine assim. Quero tentar uma e mais uma vez porque tem de valer a pena. E se nao valer acabaremos por descobrir. Tu nao és obrigado a ficar comigo e com a minha filha sò por te sentires responsàvel pelas mudanças que fiz na minha vida este ano. Nao és obrigado. E no fundo, nada nos obriga a ficar juntos. Nao temos filhos em comum, nada que realmente nos prenda um ao outro. No fundo seria tao fàcil. Porque na realidade sò gostamos um do outro e isso normalmente nao é o suficiente para manter uma relaçao. È preciso muito mais, e nòs jà nao temos esse muito mais. Ou nunca tivémos. Queria continuar a tentar mas neste momento nao me sinto com forças para lutar. Sinto que estamos ambos esgotados. Nao sei o que mais se irà passar, o que o futuro nos reserva. Mas neste momento nao o vejo muito risonho. Espero que compreendas que eu precisava de desabafar e que nao leves a mal algo que eu tenha dito aqui. Sinceramente, jà nem sei se estou a ser realista ou pessimista. Isto é apenas o que sinto.
Sonhei...
Na outra noite sonhei contigo. Aliás, ultimamente, tenho sonhado quase sempre contigo. Há já alguns meses que durmo muito mal. A minha mente não pára, não descansa, e tu não sais do meu pensamento. Por isso muitas vezes me sinto infeliz. São inesquecíveis os bons momentos que vivemos juntos, mas também não consigo esquecer os maus momentos, o quanto me fizeste sofrer. Sabes, na outra noite, eu sonhava contigo e acordava, adormecia e voltava a sonhar, não conseguia dormir. Mas quando voltei a adormecer, sonhei que estava nos teus braços, assim como dantes, e senti-me tão bem. Revivi aquela época quando ainda me fazias sentir feliz, confortável, reconfortada. Sentia-me segura e protegida... E amada. E dormi tão bem! Foi tão bom, apesar de ter sido apenas um sonho. Mas foi um sonho já tão antigo... Há muito tempo que não me fazias sentir assim. Há muito tempo que desististe de mim. Não percebo porque não me deixaste. Sinto a tua falta. Mas não é de hoje nem de ontem, já sinto a tua falta à muito tempo. Agora tenho-te em sonhos porque a realidade dói demais. Devia eu ter desistido de ti mais cedo. Mas quando se ama, tenta-se e tenta-se até se esgotarem todas as hipóteses. E ainda assim continuei a tentar, mesmo após se terem esgotado. E foi assim que me magoei mais. Já não foste tu que me magoaste, fui eu. Amei-te demais quando deveria ter-me amado mais a mim.
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