segunda-feira, 12 de setembro de 2011

... (13/4/2011)

Email de 13 de Abril de 2011

Sei que te amo. Que te amo muito. Mas tu nao dás valor ao que sinto por ti e ao que tenho sofrido por ti. Talvez porque nao sintas o mesmo por mim. Compreendo. Nao se pode "obrigar" alguém a gostar de nós da mesma forma que gostamos. Mas é triste viver-se assim. Como te disse, eu nao quero mais viver na incerteza, na tristeza. Eu queria poder confiar em ti de novo e abandonar toda esta minha insegurança em relaçao a nós. Mas nao sei se consigo. Tinha de ser um esforço de ambas as partes. Eu neste momento, enquanto aqui estou prefiro evitar os meus pensamentos e imaginaçoes sobre tu e ela, mas acredita que é dificil. Mesmo assim tenho conseguido afastar isso da minha mente. Sei que tenho de ser forte e estar preparada para o melhor e para o pior. Poderia acontecer eu voltar e tu dizeres-me que querias estar com ela e que agora havia essa hipotese. Também pode nao acontecer nada disso. Eu nao posso nem quero me iludir nem com uma coisa nem com outra. Porque há coisas na vida que nao posso nem devo controlar. Estarao entregues a ti e ao destino. Acredita que tenho pensado muito em nós, mesmo antes de vir para cá, tu sabes. Tenho pensado em voltar a estar contigo, mas como te disse é um grande risco, para mim em especial. Nao quero sofrer mais, nao preciso que me magoes outra vez. Por isso te pedi para também tu pensares no que queres. Porque acho que é muito importante que o faças, é a tua vida em jogo também. Desconfio que é a minha sanidade mental e saúde emocional que estão em risco aqui. Por isso tive de fugir daí Carlos. Tu sabes que te amo, mas quem ama nem tudo perdoa. Eu neste momento procuro a paz, a serenidade que tanto preciso e espero reconquistá-las e levá-las de volta comigo quando regressar. Neste momento eu sou mais importante do que nós os dois. Porque se eu nao me reencontrar aqui nao voltarei a ficar bem. Sinto-me doente, nao fisicamente mas mentalmente, e tu sabes. E contribuiste para que eu piorasse. Mas agora vou tentar cultivar pensamentos positivos dentro de mim. Atitudes optimistas, porque já fui assim um dia e sentia-me muito mais feliz. Vou tentar pegar em todo o meu amor e partilhá-lo com quem mereça. Talvez se mudar de atitude perante a vida, a vida mude de atitude para comigo. Eu sei que mereço melhor. E mereço ser feliz. Já sofri muito. Nao preciso que tamanha tristeza invada toda a minha vida. Se a soluçao for deixar-te, assim será. Espero voltar com todas as respostas que procuro, e uma delas, talvez a mais importante, é "devo voltar para ti?". É a busca da minha felicidade. Da tua também, por isso pedi para pensares. Nao podes pôr toda a responsabilidade da nossa relaçao nas minhas costas, nao é justo. Porque eu preciso de saber se queres mesmo estar comigo ou se será apenas por hábito e comodismo ou até mesmo o teu sentido de responsabilidade. Eu nao quero que fiques comigo só porque eu te amo. Eu quero que fiques comigo se achas que me amas. Se assim nao for antes prefiro que me o digas e acabemos esta relaçao. Porque se nao me amares, eu voltarei a sofrer e tu sofrerás também. E surgirá a mesma "gota d'agua" ou outras, percebes? Isto sou eu apenas a tentar ver a realidade. Nao sei se me entendes. Eu nao te estou a empurrar em direcçao alguma, apenas quero que sejas também realista. Quero que olhes para dentro de ti mesmo e descubras o que é realmente importante. E que depois me o digas. E se tiveres de me magoar de novo que seja apenas uma vez mais, que seja a última vez se assim tiver de ser. Mas positivamente falando, eu gostava de retomar a nossa relaçao. Gostava que me "garantisses" que nao voltarás a "cair" e que tudo farás para que tal história nao se volte a repetir. Gostava que tivesses o à-vontade de me contar quando algo do género te incomodasse ou que simplesmente olhasses realmente para mim e te perguntasses se valeria a pena o risco. Porque repara, eu sei que este nao foi o problema que despoletou toda esta situaçao entre nós, mas foi o problema que me deitou completamente abaixo. Que ainda me mantêm lá em baixo. Eu queria tanto sentir-me segura de mim mesma, e de ti. Sabes o que gostava realmente de fazer Carlos? Eu gostava de poder voltar para ti e mostrar a ela que tu estás comigo e que faça o que ela fizer tu estarás comigo. Mostrar-lhe que ela nao é melhor do que eu. Mas isso eu só conseguiria contigo do meu lado. E eu nao sei se tenho essa segurança, essa confiança da tua parte. Nao sei serei atraiçoada de novo. Seria um golpe ao qual eu nao resistiria. Eu queria mostrar-lhe que ela nao nos consegue afastar, separar. Só que nao sei se isso é verdade. Porque de certa forma, e vou-te ser muito sincera, isto já nao tem a haver contigo. Nem da parte dela nem minha, acredita. Isto já se tornou pessoal. Ela julga-se melhor, com direito a ter as tuas atençoes e "mimos", foste tu que a autorizaste a desrespeitar-me ao me teres desrespeitado. E ela agora continua a fazê-lo, eu sei que sim. Nao sei se com o teu consentimento ou nao, mas fá-lo. E eu nao admito mais isso. Se te tivesse do meu lado seria diferente mas assim continuo insegura de mim mesma, e de ti. Nestes últimos dias tenho descontraído e pensado pouco nisso. Tenho pensado mais em ti, em mim, no que nos aconteceu, no que nos trouxe até aqui. Sei que és o único homem que amei (amo) de verdade. Por isso penso mais uma vez em "perdoar-te", por isso "aceito" o teu mau feitio, "engulo" o que me incomoda em ti. Só porque te amo. Mas por isso mesmo também te peço que se nao sentes o mesmo por mim, que me deixes. Será mais fácil para mim. Agora, se me amasses, serias capaz de me o demonstrar? Porque eu nao sei, nao faço a mínima ideia do que sentes por mim.

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